Henri Wallon deu uma importante
contribuição para o ser humano com uma teoria que abrange toda a infância do
ser. Para a Psicologia e Pedagogia, o trabalho do desenvolvimento humano de
Henri Wallon foi de grande valia pois enfatizou sua interface com a educação.
Wallon
foi criado em um ambiente medicinal, formando-se em 1908. Sua teoria tem
correlação com as concepções de três autores fundamentais - Skinner, Piaget e Vygostki.
Nós, autores deste trabalho, escolhemos a teoria de Henri Wallon para um estudo
histórico. Diante disso, este artigo tem como objetivo apresentar o que determinam
o desenvolvimento através de uma abordagem introdutória repleta de
ambivalências e desafios. Wallon, por um lado, tem cada vez mais desvelado o
lugar opressor como algumas reformas parciais no plano educacional, enquanto
que por outro lado revolucionou em grande parte o modo de pensar das pessoas.
Além
de sua formação médica, Wallon ao mesmo tempo tinha estudo em filosofia. Por
isso, outras questões surgiram em seu trabalho, como o que mais oferecer ao
professor. Wallon focaliza a afetividade em sua totalidade humanas e social.
Inicia sua corrente filosófica com os conceitos principais de J. B. Skinner,
seguido de J. Piaget.
Wallon
trabalhou na guerra e não se esqueceu do papel do homem não social, o homem
considerado como uma molécula isolada na concepção do resto de afetividade de
campo de batalha. Ao ser enganado e, contudo, na alvorada de uma pedagogia
explicita, o homem conclui textos que apresentam analises da educação (JACÓ-VILELA,
2005).
Ao
se tratar da experiência na área da educação, e para atuar de forma
significativa na mesma, o professor precisa compreender o processo de
desenvolvimento da criança (ARANTES, 2003). Os esforços nesse sentido implicam
buscar uma maneira para que este equilíbrio ocorra, conforme nos aponta o vasto
material colhido por Wallon.
O
material colhido por ele entre 1909 e 1912 aponta que são necessários
interlocutores para mostrar como o ensino pode criar intencionalmente condições
para favorecer o processo de aprofundamento cognitivo, proporcionando a
superação desse estado de dispersão e fragmentação a que as crianças estão
sujeitas nos estágios iniciais de vida.
O
trabalho de Wallon divide as primeiras etapas do desenvolvimento. A mais
extensa delas, a emocional, é a fase de reconhecimento do saber pertinente aos
avanços próprios de tal período. Este é um tema em estudo e, pela oposição
entre conhecimento inteligível (abordagem objetiva) e sensível, cientistas que
se debruçaram sobre a temática parecem não ter concordância entre si. Tal
separação parece ter sido motivada por fatores históricos e nos têm conduzido a
uma visão parcial e distorcida da realidade de Wallon.
Com
reflexos nessas reflexões, introdução as intervenções pedagógicas, recomendadas
por Wallon e que impedem que se reconheça os distúrbios sociais desse período
emocional. Aliás, esse período, cuja maior preocupação gira em torno da
discussão sobre o ser organicamente social acerca os fenômenos afetivos, representa
a maneira como os estudos dos cientistas acontecimentos repercutem diferenciadas
com relação ao trabalho de Wallon sobre as emoções, os sentimentos e as
paixões. "Ciência híbrida, situada na intersecção entre dois mundos” dizia
o ex-médico.
Cerisara
aponta a influência do período como médico ao evidenciar as habilidades
exigidas para estudo tão denso como o realizado por Wallon (1197). O próprio mestre
acredita que isso não signifique um menor valor ao seu princípio da
inteligência ou ao seu trabalho como um todo. As afirmações por ele
pronunciadas só podem ser compreendidas a partir de uma investigação histórica.
Na leitura de sua obra, notamos que inclui os textos referentes à teoria sobre
a necessidade de estudar também a involução do ser humano e o condicionamento que
estes têm nos períodos finais de sua vida. Tal tipo, também conhecido como
condicionamento clássico ou respondente, ocorre principalmente após o
surgimento de algumas doenças e focaliza o processo interno dessa construção.
Partindo
desta perspectiva de construção interna, a psicogenética da teoria walloniana
apresenta quase que exclusivamente notável estudo do desenvolvimento cognitivo.
Quer dizer, à gênese da inteligência, na qual Wallon dedicou grande parte de
seu trabalho. Outro ponto de destaque da teoria psicogenética é com relação às
emoções.
A
pesquisa tradicional de Wallon, quer, ao questionar as características
negativas do trabalho, evidenciar o avanço no estudo da perda facial, riso,
lágrimas, fontes das emoções no ser humano. A emoção tem o papel de unir os
indivíduos entre si por meio da expressão de afetividade e bem-querer. Rapidamente
o leitor que se debruçar sobre a obra perceberá que os relatos das condutas das
crianças apontam um conjunto de abordagens variadas nos estudos das emoções,
mas com alguns testes percebe-se que o novo não estava presente nos elementos
iniciais (CALIL, 2007).
Na
base do trabalho de Wallon, que inclui as metodologias referentes à teoria cognitiva,
é notável a influência do período que participou como médico do exército
francês, conforme já dito anteriormente neste mesmo texto. Mesmo ao ser
identificada e confrontado, a teoria ainda assim se divide em duas etapas,
sendo a primeira de base mais orgânica, chamada também anabólico. A outra base,
conhecida como catabólica, é mais internalizada. As divisões teóricas serão
parceiras constitutivos da vida psíquica, conforme Wallon mostra em seu
trabalho.
Repleta
de sentidos, tanto histórica quanto culturalmente, notamos na teria walloniana
a presença uma estruturação semelhante à dos organismos vivos, claramente
influência de seu período como médico. Ao explicar o desenvolvimento do bebe ao
adulto de sua espécie, por exemplo, Wallon permite se deixar comparar a
organização de um primeiro modo de consciência do bebê com o funcionamento do metabolismo
celular, na qual os papéis da assimilação e da acomodação cognitiva seriam
representados pela fagocitose das células. Wallon afirma ainda que esses
processos da adaptação no período de evolução também possuem um lado emocional
na assimilação, de aspecto social.
Do
mesmo modo que Piaget divide sua teoria do desenvolvimento Cognitivo, em Wallon
se observa uma aproximação ao dividir o ser humanos em fases com
características afins. Entre a alternância do aperfeiçoamento motor e cognitivo
ao desenvolvimento profissional, o ser humano passa por diversas. Procurando
fundamentação para seu trabalho, e baseando seu estudo em uma teórica influenciada
pela medicina, Wallon cita a primeira fase do ser como marcada pelo
desenvolvimento da motricidade para o completo domínio funcional.
Ferreira
e Acioly-Regnier nos mostram em seu trabalho a maneira entre as quais vai se
distribuir as fases do desenvolvimento e o estudo das etapas que a criança passa,
a saber (2010, p.23): da afetividade para o desenvolvimento motor e deste para
o conhecimento, terminando por último no desenvolvimento da pessoa. Tal
processo percorre o chamado tripé walloniano (CERISARA, 1997, p.40) que
compreende a filogênese, a patologia e a involução. O ponto de partida para a
formação de uma metodologia que compreendesse todos os estágios do
desenvolvimento humano, com todos os hábitos estava então definido.
São
períodos de euforia e tristeza, coragem e covardia, amor e descaso que se fazem
presentes na dinâmica humana e que, de uma forma geral, foi muito bem explicado
e abordado por Wallon. Entre os psicólogos, o caso de seus estudos sobre a
psicomotricidade, os mecanismos da compreensão humana, etc., são importante
fonte de estudo e referência para o desenvolvimento humano.
Segundo a teoria
walloniana, no começo, há a ocorrência do movimento, imagem que ilustra bem o
período inicial do ser humano, marcado por impulsos. Para onde quer que se
volte, a existência da emoção começa a aparecer e se desenvolver no segundo
período de Wallon. Uma cultura lúdica, conjunto de regras e significações (quantidade,
constância, peso, volume), são marcas constantes no desenvolvimento da
inteligência, principal meta do terceiro período. A descontração, capacidade de
seriação, entro outras personalidades, correspondem ao quarto período, onde
ocorre o desenvolvimento da personalidade.