O presente artigo tem a finalidade de aprofundar os conhecimentos acerca de um dos mais importantes pensadores do período moderno. Antes de falarmos de Rousseau, porém, vamos recapitular um pouco sobre o racionalismo e o empirismo. O racionalismo, que teve René Descartes como seu maior expoente, prega que o ponto de partida conhecimento é o sujeito pensante. Já o empirismo nega tal afirmação e a existência de ideia inatas.
De acordo com o empirismo, o conhecimento depende da
experiência sensível, e provem de duas fontes: a percepção do mundo exterior e
o exame interno de nossa consciência.
Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra, Suíça, em 1712.
Transferiu-se para a França em 1742, local de grande parte de suas obras, entre
elas o famoso contrato social.
No contrato social, Rousseau afirma alguns preceitos para
que o a população de uma nação viva com equidade e justiça. Entre esses
preceitos, ele afirma que um soberano deve conduzir sua nação de acordo com a
vontade geral do seu povo. Uma outra obra importante de Rousseau e que trata de
tema parecido se chama O discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens.
Neste, Rousseau fala sobre a diferença entre a vida natural
e a vida artificial. Para ele, a educação tanto pode ensinar valores corretos
para o homem como também pode corrompe-lo. Por último, Rousseau acredita que a
civilização é responsável por tornar a vida artificial, pois ela exerce pressão
sobre a mente do indivíduo desde o seu nascimento.
Entre os ensinamentos de Rousseau, é constante o enfoque na
educação, que tanto pode moldar o homem para o bem como para o mau. De acordo
com o que acreditava, a natureza e a experiência seriam responsáveis por educar
os sentidos e o comportamento, enquanto que a educação formaria a mente.
Em seu estado natural, o homem nasce livre. Dentro da
sociedade, ele se acorrentado a normas, leis e valores morais. A filosofia tem
a função de libertar o homem dessas correntes e trazer o homem de volta ao seu
estado natural.
Rousseau desacreditava tanto na civilização que a história
da humanidade não como uma evolução, mas sim como uma degeneração. Para ele a
única vantagem de viver em sociedade é a possibilidade de unir as forças
individuais.
Voltando na obra o contrato social, nela encontramos
preceitos que garantem ao homem a liberdade, o respeito a igualdade ás normas
estabelecidas. Entre tais preceitos, está a reciprocidade, que deve ser a base
de uma sociedade. Também afirma a impessoalidade que deve ter as normas do
contrato.
Rousseau também discute um pouco sobre os direitos naturais
e os direitos civis. Para ele, o direito natural é constantemente sufocado pela
artificialidade da sociedade ao longo da história.
Direito natural representa tudo aquilo que é permitido ao
homem de acordo com a natureza e que em razão disso é válido em qualquer lugar.
Já o direito civil existe para regular as relações entre
indivíduos que estão em situações de equilíbrio.
O direito é criado para permitir mais justiça nas relações
entre as pessoas. E sua obediência somente se dá se for fundada na igualdade e
respeito entre os pares.
A solidão bucólica é a causa da corrupção para Rousseau. Ele
também acreditava que um Estado maior e mais eficiente terá uma população mais
eficiente também.
A aplicação da lei e da justiça dependem primordialmente da
participação popular. Também é com a participação popular que se evita o
excesso de soberania do Estado. Finalmente, devemos saber que toda injustiça
decorre da tentativa de falsear a justiça.
Poder
O poder é representado pelo direito de mandar ou agir.
Também pode ser entendido como a capacidade, possibilidade ou autoridade de
para fazer algo ou mandar, que impera mesmo sem a vontade de ambas as partes.
Resumindo, o poder é exercido sobre pessoas subordinadas e
consiste em impor a vontade própria sobre os demais.
Poder e autoridade são conceitos diferentes e não devem ser
confundidos. Enquanto o poder obriga a pessoas a agirem por dever, a autoridade
influencia os outros a agirem espontaneamente.
O Estado é a organização que mais concentra poder
atualmente. O poder dos Estado é dividido em três categorias: poder executivo,
legislativo e judiciário.
Historicamente, o poder sempre esteve presente na
humanidade, com variações ao longo do tempo. As formas de poder de antigamente
são distintas das atuais.
Os agrupamentos sociais mais primitivos tinham seu poder
baseado na força e na experiência. Já o poder das civilizações antigas até as
atuais tem seu poder baseado na economia, ciência, religião ou família
dominante.
Algumas das principais formas de poder encontradas
atualmente: poder político, social, econômico e religioso. A seguir vamos
estudar cada um deles detalhadamente.
O poder político é o poder do Estado. Conforme já foi dito,
divide-se em três esferas e poder visar os interesses de todos ou de alguém
particular que está no comando.
O poder político pode se manifestar de forma violenta,
através de guerras, revoluções ou golpes de estado; ou de forma pacifica, por
eleições ou plebiscitos. A forma violenta é característica de sociedade mais
primitivas, atualmente há uma predominância pela democracia e sua forma
pacífica de poder.
O Estado pode exercer diferentes gêneros de poder. O poder
não dominante é um desses gêneros, e está presente em sociedade que não tem um
estado consolidado. Por não ser coercitivo, esse poder não tem muito afirmação
e rapidamente se desmancha.
O poder dominante é o mais utilizado nas nações.
Caracteriza-se por ser imperativo e exclusivo, sem concorrentes. Utiliza-se de
violência e é encontrado no poder político e no poder jurídico.
O poder social tem a função de controlar e conduzir as
sociedades. Sua prerrogativa é de que é necessário, pois toda a sociedade pode
ser comprometida com a imposição de interesses particulares sobre os interesses
públicos.
O poder social só é exercido de maneira justa quando
reconhece o interesse coletivo. Para Marx, o poder social atinge os resultados
pretendidos quando está de acordo com as leis da sociedade.
Aliás, Karl Marx era um sociólogo alemão que publicou
teorias importantes a respeito das formas de poder na sociedade.
O poder econômico se refere à capacidade de influenciar
outras empresas ou nações a agirem conforme vontade própria através de
especulação financeira. Está ligado a outras formas de poder, como o político.
Não é apenas o poder econômico que está ligado ao poder
político. Historicamente também notamos a correlação poder e política em
diversos momentos, como na Alemanha de Adolf Hitler e ou no poder religioso,
como o vaticano e a igreja católica.
Através do IDH, índice de desenvolvimento econômico, é
possível perceber que as nações com melhores qualidades de vida são as nações com
maior poder econômico.
Empresas multinacionais são os maiores exemplos de poderio
econômico. Uma empresa como o Wall Mart possui poder econômico maior que um
país como o Brasil.
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