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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Didática de ensino

Metodologia, técnicas de ensino e recursos didáticos


O ensino é o conjunto de atividades entre professor e aluno que permitem a este último alcançar o conhecimento de algo que se pretende ensinar e o desenvolvimento de suas capacidades mentais. Para que se realize, o professor deve lançar mão de métodos que combinem os objetivos a serem traçados e alcançados com os conteúdos abordados e as formas de reprodução do ensino. A metodologia abordada para a efetivação do ensino irá englobar as ações e medidas do professor para que ele e seus alunos alcancem suas pretensões. Veremos a seguir a importância da metodologia de ensino, alguns conceitos básicos e suas principais características.

Partindo do princípio, vemos diversos conceitos de metodologia, alguns um tanto destoantes. De uma maneira simplificada, podemos adotar que metodologia é uma técnica, ou ainda, o meio adequado de se alcançar algum objetivo, de acordo com um sistema que regula sua execução e que foi previamente elaborado.

A formulação de uma metodologia de ensino corresponde a uma série de ações e atitudes que o professor toma para que conduza e estimula a aprendizagem do aluno. Essa formulação parte da resposta a algumas questões cruciais concernentes a maneira como o aluno irá aprender. Tais questões abrangem o conteúdo e maneira que tal conteúdo será ensinado ao aluno, a melhor maneira de aprendizagem do aluno entre outros.

O aluno, por sua vez, também faz uso de algumas metodologias para assimilar o conhecimento, desde o estudo em grupo até as tarefas e exercícios que ele faz. Algumas metodologias podem ser estimuladas pelo professor, como a realização de trabalhos, o incentivo à pesquisa e tantas outras diversas que o professor pode utilizar para facilitar o aprendizado do aluno.

Existem quatro perspectivas diferentes da metodologia de ensino. A primeira delas, a perspectiva dialogada, relaciona o ensino de uma verdade absoluta a partir de descobertas do aluno; a perspectiva experimental permite descobertas do estudante através de um conflito cognitivo, ou seja, o aluno aprende por meio de uma instrução do professor; a problematizadora realiza questões que permitem ao aluno aprender por meio de uma tomada de decisão interna. A última perspectiva, a transmissiva, é a tradicional perspectiva de ensino na qual o professor irá transmitir os conhecimentos ao docente.

A escolha da metodologia adequada é determinada de acordo com os objetivos imediatos da aula a ser dada em combinação com os objetivos gerais do plano de aula, e ainda deve ser consoante com os conteúdos e métodos utilizados.

A metodologia do processo de ensino-aprendizagem deve ser elaborada de maneira que consista numa interação dinâmica entre a aplicação dessa metodologia, a função do ensino e as diferentes maneiras como ocorre esse ensino (metodologias), num processo em que cada segmento retroalimenta o outro e assim permita a contínua otimização do ciclo.

Para elaborar tal metodologia, é necessário que o docente tenha em mente que sua aula deverá unir o contexto profissional e acadêmico, e ainda que ela deve ser compatível com características peculiares da disciplina a ser ensinada. Feito isso, ele deverá selecionar os métodos, técnicas e modalidades de ensino com o objetivo de promover tal união e facilitar a aprendizagem. Resumidamente, a metodologia de ensino deve ser adequada ao perfil sociocultural do aluno, sua idade, capacidade de desenvolvimento mental e ao contexto em que se realiza a didática.

Quanto à definição de metodologia de ensino, podemos concluir que consistem nas ações e atitudes que o professor toma tendo em vista a assimilação consciente dos ensinamentos pelo aluno e desenvolvimento de suas capacidades cognitivas e operacionais.

Princípios básicos de ensino



Quanto ao processo de ensino, independente da metodologia adota, alguns princípios devem ser levados em conta, como a natureza da prática educativa de acordo com a instituição de ensino, as características próprias do processo cognoscitivo, a relação entre o ensino e a natureza do aluno, etc. O processo deve ser realizado de tal maneira que o aluno seja convidado a analisar, refletir, avaliar, criticar, interpretar, verificar. Também é necessário que ele planeje, construa, explique, sintetize, fundamente, descreva, para que possa finalmente conceituar, demonstrar, exemplificar.

São recomendações feitas ao professor que ele sempre utilize de uma explicação cientifica para cada matéria e oriente os alunos a e utilizar de métodos científicos em seus estudos também. Também deve ser certificar que o aluno não tenha dúvidas da matéria anterior ao introduzir uma nova e que haja uma ligação entre dois conteúdos ministrados sequencialmente. Por último, é aconselhado que a todo momento o professor se aproveite para formar atitudes e convicções em seus alunos.

A metodologia não pode consistir em mera transmissão de conteúdo. É necessário que ela esteja em sintonia com os conhecimentos científicos atuais e que seja atualizada de modo a torna-la compreensível ao estudante caso não seja. Também deve estar de acordo com os métodos investigativos próprios de cada matéria, desde que não ultrapasse a capacidade de conhecimento próprio de cada um. O aluno deve ser convidado a participar do processo de conhecimento, produzindo e reproduzindo aquilo que se deseja aprender.

Também é extremamente necessário que o professor se utilize de uma linguagem clara e coesa, possível se ser assimilada, dosando o nível de dificuldade de sua matéria e respeitando o nível de conhecimento de cada discente.

O professor deve deixar claro ao aluno a relação entre conhecimento e prática, seja estabelecendo vínculos entre a pratica escolar e as experiências pessoais de cada um ou exigindo dos alunos que fundamentem aquilo que realizam em casa com o conhecimento aprendido na escola. Ela também deve mostrar que os conhecimentos atuais resultam de experiências práticas do passado.

Deixar claro a importância do conhecimento adquirido, assim como os objetivos das aulas, são maneiras de aumentar o interesse pelas aulas. Uma outra maneira de incentivar o aluno é através de perguntas de natureza exploratória e encaminhatória, valorizando o diálogo e provocando o aluno para que ele exponha e defenda seu ponto de vista e faça as próprias perguntas. É interessante que as dúvidas de um aluno sejam respondidas para toda a sala, a fim de evitar que alguém fique sem saber.

É necessário que o conteúdo ensinado tenha solidez. Para isso, o professor precisa retomar continuamente a matéria e aplicar exercícios de fixação. Também deve aplicar tarefas individualizadas a alunos com maior dificuldade e sistematizar os conceitos básicos da matéria frequentemente.

Entre os instrumentos que podemos utilizar para convidar o aluno a participar do processo de construção do próprio conhecimento, podemos citar a criação de contextos em que ele tenha que utilizar dos conteúdos aprendidos nas aulas expositivas, do professor ou de convidados, para resolver problemas individuais ou sociais; a leitura de livros ou textos, a utilização de exercícios que obriguem o estudante a atualizar seu conhecimento.

O trabalho docente deve garantir a todos os alunos condições iguais de conhecimento, levando em consideração as particularidades e diferenças individuais. Algumas técnicas para chegar a esse resultado incluem explicar a todos os objetivos do ensino e as expectativas com relação à aprendizagem; o estudo individual orientado; aplicar um ritmo de trabalho que extraia o máximo esperado de rendimento do grupo de alunos; o uso da internet para o estudo de caso com práticas; prevenir ou remediar particularidades que possam atrapalhar os estudantes, como por exemplo colocando alunos com dificuldade de visão à frente e se dirigindo com mais frequência a alunos desatentos; o relato de experiências profissionais e a confecção de projetos que superem as diferenças individuais e sua demonstração.

Classificação dos métodos de ensino



Método expositivo

O professor é responsável pela transmissão dos conhecimentos e habilidades aos alunos, que têm uma atividade receptiva.

O professor pode trabalhar esse método de quatro formas diferentes. O primeiro, exposição verbal, cuida de explicar um assunto desconhecido. O professor deve ter o interesse a trabalhar com simulações, leitura expressiva, oficinas, descrição de uma situação real com vivacidade, procurando aguçar a curiosidade e estimular sentimentos.

O segundo método é o demonstrativo, que se utiliza de recursos para demonstrar fenômenos e processos, seja através de slides ou de uma visita técnica. O método ilustrativo, terceira forma de trabalhar uma aula expositiva, compõe-se de gravuras, imagens, gráficos, etc., utilizados com o objetivo de trabalhar a concentração e observação dos alunos.

O quarto e último método é a exemplificação, que nada mais é do que uma maneira de auxiliar a exposição verbal, primeiro método.

Método do trabalho independente

O método de trabalho independente é focado na atividade mental do aluno e exige que ele já possua determinado conhecimento. Consiste na aplicação de tarefas orientadas pelo professor para que o aluno desenvolva de modo individual e criativo e é muito importante não esquecer de fornecer feedbacks sobre os trabalhos dos alunos. Tal método pode ser aplicado de três maneiras diferentes a qualquer momento da aula: como tarefa preparatória, para verificar o conhecimento prévio do aluno; como tarefa assimilativa, para aprofundação e fixação de temas já tratados; ou como tarefa de elaboração pessoal, na qual o aluno vai produzir respostas próprias as questões como para que serve, o que fazer quando, etc.

Para efetivo cumprimento de seu papel, o professor deve, durante o método de trabalho independente, promover condições seguras de trabalho, dar tarefas e debates claros, acompanhar o trabalho em grupo dos alunos. Já os alunos devem saber fazer ensaios, seminários, saber como trabalhar com exames escritos e promover a auto avaliação e ajuda mutua, revendo a literatura. Torna-se necessário a realização sempre de uma aprendizagem aberta, com avaliações dos estudantes.


Método de elaboração conjunta

É o método que promove a interação ente professor e aluno, com a utilização de perguntas que levam o aluno a reflexão e produção do próprio conhecimento. Promove a assimilação ativa de conteúdos pelo aluno, o que contribuía atividade mental. A seguir listamos algumas atividades interessantes de serem usadas durante as aulas, não perdendo de foco que a principal delas é a pergunta em si: projetos de pesquisa, oficinas para solução criativa de problemas, a realização de “tempestades cerebrais” como forma de resolver problemas, a utilização do pensamento lateral, realização de métodos de aprendizagem concreta e experimental, incentivar a realização de contratos e diários de aprendizagem e, por fim, desempenhar papéis.

A elaboração conjunta também é excelente para promover a avaliação crítica de si mesmo e busca de novos caminhos para a solução de problemas. Utilizar documentos reflexivos, definir perfil de estudo, oficinas com mentores, diários reflexivos e estudo independente são algumas maneiras de intensificar ainda mais esses objetivos. Dissertações também são importantes.

Método de trabalho em grupo

Serve para a colaboração e integração entre os alunos para execução de um projeto. No desenvolvimento do plano de aula, deve constar o objetivo da aula e a relação com outras áreas de conhecimento. O professor também deve localizar o estudo historicamente e trazer materiais de consulta como referência. Além disso, é importante deixar claro os critérios para separação dos grupos.

Algumas circunstancias de tornam obrigatórias ao trabalhar em grupo em grupo, como a existência de condições adequadas, entre elas espaço físico e iluminação. É exigido que o professor tenha algumas questões fundamentais como saber que o objetivo é o desenvolvimento de competências e não deve se esquecer de apresentar um roteiro da aula.

Existem diversas formas de apresentação, como o debate, Philips 66, o seminário, etc, porém, em todas as apresentações de grupos, deve-se estar atento para usar sempre palavras de reforço e usar as respostar dos alunos como gancho para prosseguir sua explicação. Também é importante ouvir as experiências dos alunos e esforçar por tornar a linguagem acadêmica o mais claro e inteligível o possível. Para isso, é necessário criar analogias, explicar conceitos, usar exemplos e vincular a teoria com a pratica.

Atividades especiais

Tem a função de complementar os métodos de ensino anteriormente citados, promovendo uma assimilação ativa dos conteúdos e permitindo maior planejamento, execução e ainda avaliação dos resultados alcançados. Um exemplo de atividade especial é o estudo do meio.

Importante saber que o homem vai aprender a aprender ao longo da vida. Por isso é tão importante, no decorrer do ensino, que o professor precisar use uma terminologia adequada ao seu discurso. Sua voz deve ser audível, usando pausas e entonando a voz adequadamente. E deve ter sempre senso de humor ao lidar com alunos.
“Ninguém sabe tudo que não possa aprender e ninguém sabe tão pouco que não tenha como ensinar”

Referência


LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

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