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sábado, 22 de agosto de 2015

Pedagogia: Paulo Freire, uma biografia

A prometida biografia de Paulo Freire, com alguns de seus conceitos mais importantes.

Educação por Paulo Freire


O método de ensino de Freire mostra a todos os profissionais da área da educação que é necessário construir uma nova organização para o espaço, fundamenta na aplicação das políticas público-pedagógicas.

A pedagogia de Paulo Freire serve como referencial teórico pois se volta para a conscientização e transformação social. A seguir vamos estudar um pouco mais de sua história e importância para a educação.

O estudo da história de vida de Paulo Freire é importante para conhecermos sua obra, pois usou muitas coisas pessoais para descrever suas teorias. Sua história é dividida em três partes, a primeira corresponde ao tempo que viveu em Recife, a segunda ao tempo no exílio e a terceira ao tempo em que morou em São Paulo.

Recife


Paulo Freire nasceu no Recife em 1921. Sofreu muito com a crise de 1929 conhecendo a pobreza, e em 1931 muda-se para Jaboatão. Em 1943 começa a cursar direito e em 1944 casa-se com a professora Elza.

Em 1961, Freire começa a trabalhar com a alfabetização de adultos em Angicos e Mossoró, utilizando o método Paulo Freire. E em 1964 assume o Plano Nacional de Adultos.

Exílio


Em 1964, ocorre o Golpe Militar no Brasil. Paulo Freire é preso e exilado na Bolívia. Segue para o Chile e trabalha na Universidade Católica de Santiago, reformulando o plano de Educação e Massa.

Em 1969 vai para os Estados Unidos trabalhar em Harvard. No ano seguinte lança o livro Pedagogia do Oprimido e muda-se para Genebra.

São Paulo


Retorna ao Brasil em 1980 e começa a trabalhar na PUC-SP. Em 1989 assume a secretaria de educação de São Paulo e implementa o Movimento de Alfabetização.
Falece em 1997.

Vejamos a seguir o que Paulo Freire pensa a respeito da educação.

A educação libertadora de Paulo freire se preocupava com aspectos sociais do ser humano. Ele afirmou, por exemplo, que “ninguém pode estar no mundo, com o mundo e com os outros de forma neutra”.

Entre alguns aspectos da educação libertadora, podemos afirmar que ela nega o isolamento do homem com o mundo. Também renega a consciência ingênua, contrapondo a consciência crítica.

A consciência ingênua se caracteriza por não se aprofundar nas causas e ainda afirma que a realidade não pode ser mudada. Também é conhecida por ser impossível de ser investigada. Já a consciência crítica reconhece que a realidade é transformável e pode ser investigada, além de se preocupar em aprofundar nos assuntos.

No livro pedagogia do Oprimido, Paulo Freire nos introduz o termo “educação bancária”, na qual o educador é apresentado como o dono da verdade, que pensa e ensina, e os educandos como os que nada sabem, apenar receptivos, pensados.

Contra a educação bancária, Freire nos apresenta a educação de caráter dialógico e horizontal que, entre outras coisas, afirmar que educador e educando estão sempre aprendendo, e que o saber do educando não pode ser menosprezado. A educação horizontal também se interessa pelos saberes socialmente produzidos na vida dos educandos.

Estabelecendo um paralelo entre a educação bancária e a educação libertadora, podemos dizer que a primeira é individualista, favorece a competição, focada na reprodução social, utiliza como modelo o professor instrutor, e trata o educando como objeto, enquanto a educação libertadora favorece o coletivo e promove a participação, focada na mudança social, utiliza a investigação como modelo, e trata o educando como sujeito.

Paulo Freire também tratava da importância do uso das tecnologias no ensino, notoriamente o computador, não somente como fonte de conteúdo, mas também como capaz de problematizar e levar a entender.

Pedagogia para a vida


Hermann Hesse -> não é possível dar o mundo a outra pessoa, podemos sim ajudá-la a encontrar o próprio mundo em si mesma.

Helen Keller -> esforçarmo-nos por querer forças suficientes para cumprirmos nossas tarefas e ter sempre vontade de continuar a servir.

H. J. Brown -> existem três tipos de pessoas, as que fazem as coisas acontecerem, as que olham as coisas acontecerem e as que se perguntam o que foi que aconteceu.

Paulo Freire -> nenhum ser humano é capaz de educar ao outro; os homens se educam entre si e o mundo educa a todos.

Paulo Freire -> ninguém liberta o outro e ninguém se auto liberta, os homens se libertam juntos.

Paulo Freire -> a exigência dos educadores progressistas é que jamais desrespeitem o sonho democrático e manipulem seus educandos.

Paulo Freire -> não existe diálogo e nem pronúncia do mundo se não houver amor a esse mesmo mundo e aos homens.

Paulo Freire -> ao compreender a própria realidade, o homem pode procurar soluções para o desafio de mudar a própria realidade e assim criar um mundo próprio.

Paulo Freire -> sem amar a vida, os homens e o mundo não é possível o diálogo.

Helen Keller -> não se deve engatinhar quando se pode voar.

O papel do professor na construção da cidadania



O professor tem importante papel na construção da consciência cidadã desde os tempos da Grécia Antiga, em que os filósofos tinham conhecimentos de causas profundas graças ao trabalho da reflexão.

O processo educacional envolve um desenvolvimento das habilidades cognitivas, social e emocional dos alunos, mas o professor tem ainda o deve de estimular o educando a refletir sobre os problemas enfrentas diariamente em sua vida. Tal tarefa deve levar a uma aceitação do bem compartilhado, da boa convivência, à efetiva prática da cidadania.

Aliás, um cidadão bem formado sabe respeitar os limites alheios, pois tem consciência que a cidadania ocorre na convivência social e consiste em conviver pacificamente, trocando experiências e aceitando as diferenças.

Apesar de não ser apenas do ambiente escolar a responsabilidade do ensino da cidadania, o professor deve ser capaz de dar exemplo de respeito e tolerância aos limites e diferenças individuais. Cabe também ao aluno ter consciência do respeito necessário que se deve ao professor e da diferença entre liberdade e permissividade.

O professor deve se esforçar por despertar a atenção do aluno na discussão da prática da cidadania. Para tanto, ele pode por exemplo se utilizar dos inúmeros recursos tecnológicos disponíveis para tanto.

A educação libertadora ocorre no momento em que o ensino de práticas democráticas se une ao processo de conhecimento e reflexão da liberdade natural dos indivíduos. E o professor deve ter sempre a motivação de que aprimore tal ensino capaz de conduzir o aluno à liberdade.


Por fim, é necessário ao professor a revisão e auto avaliação constante de seu trabalho, para que se atinja o que realmente é chamado de educação libertadora e assim os meios para a realização do sonho “viável” da pedagogia da autonomia de Paulo Freire.

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