Educação por Paulo Freire
O método de
ensino de Freire mostra a todos os profissionais da área da educação que é
necessário construir uma nova organização para o espaço, fundamenta na
aplicação das políticas público-pedagógicas.
A pedagogia de
Paulo Freire serve como referencial teórico pois se volta para a
conscientização e transformação social. A seguir vamos estudar um pouco mais de
sua história e importância para a educação.
O estudo da
história de vida de Paulo Freire é importante para conhecermos sua obra, pois
usou muitas coisas pessoais para descrever suas teorias. Sua história é
dividida em três partes, a primeira corresponde ao tempo que viveu em Recife, a
segunda ao tempo no exílio e a terceira ao tempo em que morou em São Paulo.
Recife
Paulo Freire
nasceu no Recife em 1921. Sofreu muito com a crise de 1929 conhecendo a
pobreza, e em 1931 muda-se para Jaboatão. Em 1943 começa a cursar direito e em
1944 casa-se com a professora Elza.
Em 1961, Freire
começa a trabalhar com a alfabetização de adultos em Angicos e Mossoró,
utilizando o método Paulo Freire. E em 1964 assume o Plano Nacional de Adultos.
Exílio
Em 1964, ocorre
o Golpe Militar no Brasil. Paulo Freire é preso e exilado na Bolívia. Segue
para o Chile e trabalha na Universidade Católica de Santiago, reformulando o
plano de Educação e Massa.
Em 1969 vai
para os Estados Unidos trabalhar em Harvard. No ano seguinte lança o livro
Pedagogia do Oprimido e muda-se para Genebra.
São Paulo
Retorna ao
Brasil em 1980 e começa a trabalhar na PUC-SP. Em 1989 assume a secretaria de
educação de São Paulo e implementa o Movimento de Alfabetização.
Falece em 1997.
Vejamos a
seguir o que Paulo Freire pensa a respeito da educação.
A educação
libertadora de Paulo freire se preocupava com aspectos sociais do ser humano.
Ele afirmou, por exemplo, que “ninguém pode estar no mundo, com o mundo e com
os outros de forma neutra”.
Entre alguns
aspectos da educação libertadora, podemos afirmar que ela nega o isolamento do
homem com o mundo. Também renega a consciência ingênua, contrapondo a
consciência crítica.
A consciência
ingênua se caracteriza por não se aprofundar nas causas e ainda afirma que a
realidade não pode ser mudada. Também é conhecida por ser impossível de ser
investigada. Já a consciência crítica reconhece que a realidade é transformável
e pode ser investigada, além de se preocupar em aprofundar nos assuntos.
No livro
pedagogia do Oprimido, Paulo Freire nos introduz o termo “educação bancária”,
na qual o educador é apresentado como o dono da verdade, que pensa e ensina, e
os educandos como os que nada sabem, apenar receptivos, pensados.
Contra a
educação bancária, Freire nos apresenta a educação de caráter dialógico e
horizontal que, entre outras coisas, afirmar que educador e educando estão
sempre aprendendo, e que o saber do educando não pode ser menosprezado. A
educação horizontal também se interessa pelos saberes socialmente produzidos na
vida dos educandos.
Estabelecendo
um paralelo entre a educação bancária e a educação libertadora, podemos dizer
que a primeira é individualista, favorece a competição, focada na reprodução
social, utiliza como modelo o professor instrutor, e trata o educando como
objeto, enquanto a educação libertadora favorece o coletivo e promove a
participação, focada na mudança social, utiliza a investigação como modelo, e
trata o educando como sujeito.
Paulo Freire
também tratava da importância do uso das tecnologias no ensino, notoriamente o
computador, não somente como fonte de conteúdo, mas também como capaz de
problematizar e levar a entender.
Pedagogia para a vida
Hermann Hesse
-> não é possível dar o mundo a outra pessoa, podemos sim ajudá-la a
encontrar o próprio mundo em si mesma.
Helen Keller
-> esforçarmo-nos por querer forças suficientes para cumprirmos nossas
tarefas e ter sempre vontade de continuar a servir.
H. J. Brown
-> existem três tipos de pessoas, as que fazem as coisas acontecerem, as que
olham as coisas acontecerem e as que se perguntam o que foi que aconteceu.
Paulo Freire
-> nenhum ser humano é capaz de educar ao outro; os homens se educam entre
si e o mundo educa a todos.
Paulo Freire
-> ninguém liberta o outro e ninguém se auto liberta, os homens se libertam
juntos.
Paulo Freire
-> a exigência dos educadores progressistas é que jamais desrespeitem o
sonho democrático e manipulem seus educandos.
Paulo Freire
-> não existe diálogo e nem pronúncia do mundo se não houver amor a esse
mesmo mundo e aos homens.
Paulo Freire
-> ao compreender a própria realidade, o homem pode procurar soluções para o
desafio de mudar a própria realidade e assim criar um mundo próprio.
Paulo Freire
-> sem amar a vida, os homens e o mundo não é possível o diálogo.
Helen Keller
-> não se deve engatinhar quando se pode voar.
O papel do professor na
construção da cidadania
O professor tem
importante papel na construção da consciência cidadã desde os tempos da Grécia
Antiga, em que os filósofos tinham conhecimentos de causas profundas graças ao
trabalho da reflexão.
O processo
educacional envolve um desenvolvimento das habilidades cognitivas, social e
emocional dos alunos, mas o professor tem ainda o deve de estimular o educando
a refletir sobre os problemas enfrentas diariamente em sua vida. Tal tarefa
deve levar a uma aceitação do bem compartilhado, da boa convivência, à efetiva
prática da cidadania.
Aliás, um
cidadão bem formado sabe respeitar os limites alheios, pois tem consciência que
a cidadania ocorre na convivência social e consiste em conviver pacificamente,
trocando experiências e aceitando as diferenças.
Apesar de não
ser apenas do ambiente escolar a responsabilidade do ensino da cidadania, o
professor deve ser capaz de dar exemplo de respeito e tolerância aos limites e
diferenças individuais. Cabe também ao aluno ter consciência do respeito
necessário que se deve ao professor e da diferença entre liberdade e
permissividade.
O professor
deve se esforçar por despertar a atenção do aluno na discussão da prática da cidadania.
Para tanto, ele pode por exemplo se utilizar dos inúmeros recursos tecnológicos
disponíveis para tanto.
A educação
libertadora ocorre no momento em que o ensino de práticas democráticas se une
ao processo de conhecimento e reflexão da liberdade natural dos indivíduos. E o
professor deve ter sempre a motivação de que aprimore tal ensino capaz de
conduzir o aluno à liberdade.
Por fim, é
necessário ao professor a revisão e auto avaliação constante de seu trabalho,
para que se atinja o que realmente é chamado de educação libertadora e assim os
meios para a realização do sonho “viável” da pedagogia da autonomia de Paulo
Freire.
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