A teoria do Desenvolvimento cognitivo de Piaget
A teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget se baseia na
ideia que todo ser humano passa por fases de crescimento que mudam conforme a
idade e se iniciam no nascimento.
O desenvolvimento se daria através de mudanças das
estruturas mentais. Alguma ação ou experiência nova provoca um desequilíbrio
nos esquemas mentais, e, para se rearranjar, o cérebro passa por processos de
assimilação ou acomodação. Assim se dá a construção do conhecimento.
A construção do conhecimento
O processo de adaptação das ideias no homem é explicado
baseando-se na ideia de que existe uma estrutura mental que organiza a
assimilação de conceitos entre o homem e o objeto a ser estudado e conhecido.
Essa estrutura mental se modifica com o passar do tempo e a
maturação do organismo do indivíduo. Também é modificada pelas experiências com
o objeto e com a vivência em sociedade.
Para Piaget, a maneira como se dá o processo de construção
do conhecimento é chamada de equilibração. Esse processo é igual para todas as
pessoas, mas pode sofrer variações de acordo com a cultura de cada país.
O equilíbrio mental é feito através de fatores variantes ou
de fatores invariantes. Estes são representados pela herança genética que
recebemos e pode nos predispor à organização e à adaptação; aqueles são
representados pelos esquemas cerebrais que são constantemente modificados de
acordo com nossa interação com o mundo e com as pessoas.
A organização citada anteriormente refere-se ao
desenvolvimento mental da criança que ocorre simultâneo ao desenvolvimento
físico. Já a adaptação refere-se as mudanças que a mente faz a partir de
experiências novas que alteram as estruturas mentais. Essa adaptação pode
acontecer por assimilação ou acomodação, termos já citados anteriormente.
A acomodação consiste em adaptar um conceito já existente em
nossa mente para aceitar uma ideia nova. A assimilação consiste em criar um
conceito novo para aceitar uma ideia nova que não se encaixa em nenhum conceito
já existente.
A adaptação também pode se dar pela união dos conceitos de
acomodação e assimilação.
A teoria do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget
apresenta quatro estágios que variam conforme a idade. O primeiro deles é o
estágio sensório motor, que inicia no nascimento e perdura até os dois anos; o
segundo é o pré-operatório que vai até os sete anos; em seguida temos o estágio
das operações concretas, este se estende até os 11 anos. Por último temos o
estágio das operações formais, correspondendo a adolescência e idade adulta.
O estágio sensório-motor é marcado pelas expressões
neurológicas. Nesse estágio, o bebê não é capaz ainda de fazer nenhuma
representação ou até mesmo de pensar. Suas experiências são práticas e toda
noção de espaço é decorrente daquilo que ele toca ou vê.
A fase pré-operatória é também chamada de fase simbólica.
Nela predomina a representação fantasiosa das coisas. A criança é notoriamente
egocêntrica e não é capaz de se colocar em outras situações.
No período das operações concretas, a criança já consegue desenvolver
algumas noções de tempo, espaço e velocidade. Também já é capaz de efetuar o
pensamento reverso, e já concorda que dois copos diferentes podem sim ter a
mesma quantidade de água.
O operatório formal começa a partir dos 11 ou 12 anos e
perdura durante toda a vida. Nesse estágio, a criança já é capaz de abstrair em
grau máximo e resolver diferentes tipos de problemas. Já entende inclusive
metáforas.
Para Piaget, o conhecimento deve ser alcançado a partir da
criação de situações compatíveis com o nível cognitivo do aluno e que permitam
a ele interagir e construir novos esquemas mentais.
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