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domingo, 9 de agosto de 2015

Estruturas celulares

Uma continuação da matéria sobre a citologia, abordando agora o estudo interno das células, principalmente suas organelas.


Retículo endoplasmático


O retículo endoplasmático também pode ser chamado de ergastoplasma. É formada a partir de invaginações da membrana plasmática e trata-se de uma rede de canais que pode ter o formato de tubos ou de pilhas achatadas.

Conforme citado na introdução, existem dois tipos de retículos endoplasmáticos. Um é o liso e o outro é o rugoso. O rugoso tem esse nome porque possui pequenas ruguinhas ao longo de seu comprimento, que na realidade são ribossomos colados a sua estrutura. Importante notar que os ribossomos estão presentes em sua superfície externa. Cada um desses retículos possui funções diferentes e a função do ribossomo será falado em outro momento.

Basicamente, a função do retículo endoplasmático rugoso é tratar da síntese de proteínas. Na realidade, a síntese é processada nos ribossomos que estão presentes em seu caminho, o retículo rugoso nesse caso tem a função de levar a proteínas formadas para o citoplasma celular.

Os retículos endoplasmáticos lisos têm a função de sintetizar lipídeos e esteroides por meio de enzimas presentes em seu interior. Os lipídeos são utilizados na formação da membrana celular, e os esteroides são a base para formação dos hormônios sexuais (testosterona, progesterona e estrogênio).
Dependendo do órgão onde as células estão, a presença de um ou outro reticulo pode ser maior ou menos. As células do fígado, por exemplo, têm grande concentração de reticulo endoplasmático liso, que secretam substancias para desintoxicar o organismo.

Já o retículo endoplasmático rugoso em mais encontrado por exemplo, em células do pâncreas, secretando o glucagon para regulação da glicose sanguínea.

Ribossomos


Os ribossomos se encarregam da síntese proteica. Vale lembrar que são os únicos presentes tanto em células procariotas quanto em células eucarióticas. Nas células eucariontes, os ribossomos são maiores e possuem uma diferença quanto ao número de proteínas.

Os ribossomos podem estar imersos no hialoplasma ou presos na superfície do retículo endoplasmático rugoso. Quando estão participando da síntese de proteínas, grudam no RNA mensageiro, formando o polissomo.

Os ribossomos possuem duas seções diferentes, uma maior e outra menor. Ambas são oriundas da combinação de ácido nucleico ribossômico com 50 tipos de proteínas diferentes.

O ribossomo é fundamental no metabolismo celular e só funciona quando suas subunidades se fundem.

Na seção maior do ribossomo, existem dois locais. Um é o sitio A – aminoacil – e o outro é o sitio P – peptidil. Ambos atuam no processo de síntese proteica recebendo o RNA transportador. Esse RNA transportador é o responsável por trazer os aminoácidos, unidades mínimas que formam as proteínas.
O processo de síntese proteica realizada pelos ribossomos também é chamado de tradução genética. O ribossomo atua em todos os estágios, o inicial, o alongamento (inserção dos aminoácidos por meio de ligações peptídicas) e o final, através de um códon de parada do RNA mensageiro.

Complexo golgiense


O complexo golgiense também pode ser conhecido como golgiossomo ou dictiossomo. Sua função básica é eliminar os resíduos produzidos na respiração celular através de secreção. Também atua na produção de diversas substancias, como carboidratos e até proteínas. Em espermatozoides ele atua na formação do acrossoma.

É formado por uma série de vesículas com o formato de sacos achatados. Também tem a função de empacotar as moléculas sintetizadas em suas vesículas e promover a maturação das proteínas do ribossomo.

As vesículas do complexo golgiense são aderidas ao citoesqueleto. Elas são transportadas até a região basal da membrana plasmática. Em seguida, as vesículas se fundem à membrana e elimina seu conteúdo da célula.

Grande parte das vesículas transportadas pelo retículo endoplasmático rugoso são encaminhadas para o complexo golgiense, onde sofrem algumas transformações e são encaminhadas para seu destino final.

O golgiossomo existe em maior quantidade em células de órgãos com função hormonal. Exemplos são o pâncreas, que secreta insulina e glucagon; glândula hipófise, produz somatotrofina, ou hormônio do crescimento; e a tireoide, T3 e T4.

Mitocôndrias


As mitocôndrias são organelas que podem ter formas variadas. Existem mitocôndrias em forma de bastão, esféricas e até ovoides.

As mitocôndrias possuem duas membranas, uma mais externa e outra interna, que forma as cristas mitocondriais. No interior da mitocôndria encontramos a matriz mitocondrial, um liquido viscoso, enzinas, estruturas ribossômicas e um filamento de DNA circular.

A função das mitocôndrias é atuar no processo de respiração celular, que libera energia para a célula na forma de ATP. A atuação da mitocôndria na respiração celular ocorre com a utilização de enzimas. A mitocôndria tem papel na respiração celular durante o ciclo de Krebs, que acontece na matriz mitocondrial, e no momento da cadeia respiratória, que ocorre nas cristas mitocondriais.

Por possuir DNA próprio, a mitocôndria pode se replicar. Tanto que sua presença é maior em células de tecidos que exigem maior gasto energético, como as células do fígado e das fibras musculares.

Existem teorias que demonstram que as mitocôndrias surgiram nas células procariontes a partir de fagocitose. A essas teorias dá-se o nome de endossimbiose.

As evidencias que sustentam essa hipótese são: a presença de uma dupla membrana, semelhante à que se encontra no mesossomo das bactérias, o tamanho dos seus ribossomos, que são diferentes dos ribossomos da célula e se parecem com os ribossomos bacterianos e a presença de um filamento de DNA próprio.

Supõe-se que a fagocitose das mitocôndrias tenha ocorrido por volta de 2,5 bilhões de anos atrás. E que desde então a associação tenha perdurado por uma relação de simbiose.

Lisossomo


Os lisossomos são proteínas exclusivas de células animais. Ela atua na digestão intracelular, podendo realizar alguns casos de digestão extracelular também. Possuem enzimas que auxiliam nesse processo.

A estrutura de um lisossomo é determinada pela complexidade das operações que envolvem a síntese e transformação de substancias numa célula.

As enzimas presentes nos lisossomos são primeiramente fabricadas no reticulo endoplasmático rugoso, sob a forma de proteínas. Essas proteínas são envolvidas em vesículas e transportadas ao complexo golgiense. Nesse local, as enzimas sofrem transformações químicas que correspondem a maturação e fosforilação.

Quando terminam esses processos, a proteína se transforma em enzima e é liberada do aparelho golgiense dentre de uma vesícula: temos então o lisossomo primário. Quando então atuando na digestão, recebem o nome de vacúolo digestivo.

As enzimas dos lisossomos possuem pH em torno de 5, ou seja, são pouco ácidas. Por isso que recebem o nome de hidrolases ácidas.

Os lisossomos, ao atuar na digestão celular, podem englobar as substancias ingeridas pela célula por fagocitose ou pinocitose, constituindo o vacúolo celular.

Durante a digestão, as moléculas necessárias à célula saem de dentro dos lisossomos e se dispersam no citoplasma. As moléculas não necessárias são eliminadas por exocitose, também chamada de clasmocitose ou defecação celular.

Os lisossomos também podem digerir organelas das próprias células, mantendo a renovação das estruturas intercelulares. Esse processo se chama de autofagia.

As enzimas do lisossomo também podem atuar no mecanismo de morte celular programada, apoptose. Esse processo é controle geneticamente, e podem ocorrer pelo envelhecimento das células ou problemas hormonais, tumores, etc.

Centríolo


Também é exclusivo de células animais. Possui papel importante na divisão celular.

Peroxissomo


Trata-se de uma organela em forma de vesícula arredondada, cuja função é armazenar enzimas que degradem o peroxido de hidrogênio, ou água oxigenada. Esta é uma substancia tóxica que precisa ser eliminada.

A enzima que degrada a água oxigenada chama-se catalase. Sua degradação produz água e oxigênio.

A cada duas moléculas de peroxido de hidrogênio degradadas, são produzidas duas moléculas de água e uma de oxigênio molecular.

A quantidade de peroxissomo nos organismos vertebrados é grande, principalmente em células como rins e fígado, que realizam a desintoxicação do organismo.

Alguma deficiência nessa organela pode causar doenças graves no organismo. Um exemplo é a síndrome de Zellweger, doença congênita que altera toda a função corpórea e está relacionada com rins, ossos, fígado, cérebro e glândula suprarrenal.

Os peroxissomos também estão relacionados com a síntese de ácidos biliares no fígado e produção de açucares a partir de lipídeos nas sementes das plantas.

Cloroplastos


Os cloroplastos são organelas exclusivamente vegetais. Possuem a cor verde pois armazenam clorofila em seu interior, pigmento responsável pelo processo de fotossíntese. Em frutos, os cloroplastos perdem a clorofila e armazenam carotenoides em seu interior, o que é responsável por mudar a cor dos frutos para amarelo, laranja ou vermelho.

Assim como as mitocôndrias, os cloroplastos possuem DNA próprio, RNA e ribossomos também, responsáveis por sintetizar parte de suas proteínas. O restante das proteínas é sintetizado pelo DNA celular.

Os cloroplastos possuem duas membranas lipoproteicas e seu interior é composto por um complexo em forma de bolsas redondas achatadas, sobrepostas uma sobre as outras. Cada bolsa é chamada de tilacoides, e uma pilha de tilacoides é chamada de granum. Nas euglenas, os cloroplastos possuem três membranas, enquanto que nas algas diatomáceas e algas marrons o cloroplasto é formado por quatro membranas.

O restante do cloroplasto é preenchido pelo estroma, um liquido parecido com a matriz mitocondrial e que contém o DNA, RNA e os ribossomos.

As moléculas de clorofila são as mais abundantes nos cloroplastos e estão situadas na membrana interna. Elas são responsáveis por captar a luz solar e produzir energia química a partir dela. No interior do cloroplasto, utiliza-se água e gás carbônico para produzir glicose e oxigênio.
Cada célula dos vegetais possui cerca de 40 cloroplastos, enquanto que as algas possuem apenas um. Em compensação, seu cloroplasto é bem maior.

Vacúolo


Relaciona-se com a digestão intracelular e acumulo de substancias.

Respiração celular


A respiração celular é um processo que tem como finalidade suprir as necessidades energéticas da célula a partir de ATP. Na respiração celular, moléculas orgânicas são oxidadas a partir de três processos: glicólise, ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa.

A glicólise é a primeira etapa e ocorre no citosol (citoplasma) das células. Consistem em quebrar a molécula de glicólise em duas moléculas de ácido pirúvico. Para isso, são necessárias dez reações químicas diferentes. O saldo final dessas reações é a produção de duas moléculas de ATP.

No processo da glicólise, gasta-se duas moléculas de ATP para adicionar o fosfato de cada uma delas à molécula de glicose. Com essa adição, a molécula de glicose se torna instável e quebra em ácido pirúvico. Como resultado, ao produzidas quatro moléculas de ATP. Considerando que foram gastas duas no começo, dizemos que o saldo da glicólise é de 2 moléculas de ATP.


Além dos quatro ATP liberados, a glicólise produz também 4 elétrons e quatro íons de hidrogênio. Os quatro elétrons e mais dois dos íons são capturados por duas moléculas de NAD+, produzindo o NADH

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