Este post, assim como os demais da série sociólogos, resultam de uma pesquisa feita em diversas fontes, sendo difícil citar cada uma delas. Pretendemos aqui realizar uma abordagem inicial, porém não sem profundidade, de cada um dos sociólogos mais importantes.
Enfatizo que para um conhecimento completo sobre a Sociologia, outros sites devem ser consultados.
Enfatizo que para um conhecimento completo sobre a Sociologia, outros sites devem ser consultados.
Sua história
Weber era economista e sociólogo alemão, considerado um dos
fundadores da sociologia moderna. Seu nome completo era Maximilian Carl Emil
Weber. Nasceu em Erfurt, Alemanha, no dia 21 de abril de 1864. Sua família era
de classe média alta, e havia na sua casa uma atmosfera intelectual que
favoreceu sua formação.
Iniciou seus estudos na Universidade de Berlin. Casou-se em
1883 com Marianne Schnitger. Posteriormente, foi nomeado professor na
Universidade de Heidelberg. Sua obra mais famosa chama-se Ética protestante e o espirito do capitalismo, escrita em 1903. Nela, Weber apresenta conceitos ainda em uso
hoje em dia na Sociologia, como tipo ideal ou método compreensivo.
Tal livro é considerado de fundamental importância para o
desenvolvimento moderno da sociologia, pois também apresenta os motivos do
surgimento de fenômenos culturais no ocidente de caráter e relevância mundiais.
O período em que Weber viveu é marcado pelo início das
primeiras discussões acerca da metodologia das ciências sociais. Max Weber tanto
se empenhou em determinar uma metodologia adequada a sociologia que chegou a
influenciar diversos pensadores no Mundo, incluindo o brasileiro Sérgio Buarque
de Holanda.
Em 1906, Weber publicou dois livros sobre a Rússia: A situação
da democracia burguesa na Rússia e a transição da Rússia para o
constitucionalismo de fachada. Atuou na primeira guerra mundial como capitão e
foi responsável por administrar nove hospitais em Heidelberg.
Com o fim da guerra, Weber mudou para Viena. Publicou
conferências em Munique no ano de 1919. Um ano depois, Max Weber morreu de
pneumonia, no dia 14 de junho, na cidade de Munique.
Sociedade
Weber dizia que a sociedade é compreendida a partir do
estudo das ações individuais de cada um. Para ele, a ação social só é
determinada quando quem a pratica tenta estabelecer comunicação com outra
pessoa.
Política
Weber determinava uma diferenciação entre ciência e
política. Enquanto que a ciência é racional e imparcial e se orienta pela busca
da verdade, a política é irracional e se orienta pela paixão.
Weber ainda dizia que a política é tem o objetivo de
instaurar e preservar o poder, ou seja, a capacidade de impor sua própria
vontade nas outras pessoas. Poder, para Weber, tinha uma diferença de
dominação, que é definida como a capacidade de encontrar obediência. A
dominação pode ser exercida por meio do carisma, tradição, ou de instrumentos
legais, como no caso das eleições presidenciais, por exemplo.
Segundo Weber, a ideologia protestante era favorável ao
capitalismo, ao contrário da filosofia contemplativa da Igreja Católica.
Conclui dizendo que a moral é importante no mundo capitalista, pois pode ou não
orientar à procura do lucro.
Ação social
A ação social é definida por Weber como aquele comportamento
proveniente da reação ou expectativa de outras pessoas. Seu sentido é determinado
de acordo com os valores sociais atribuídos pelos indivíduos no momento da
ocorrência da ação social.
Uma ação social só existe quando um indivíduo estabelece
comunicação com outros
Para Weber, a função do sociólogo é estudar os fatos sociais
e encontrar razões que as expliquem. Weber também acreditava que o estudo das
sociedades poderia ser difícil pois elas são infinitas. Para poder facilitar
tal estudo, são criados assim tipos ideais que determinam padrões a ser
verificados nos fatos sociais.
Os tipos ideais são assim considerados de acordo com o que o
sociólogo julga importantes. Fatores históricos ou estatísticos têm grande
influência nesse processo. Tais modelos ideias seriam também encaixadas de
acordo com a classificação de ação social feita pelo próprio Max Weber. Weber
classificou as ações sociais em quatro modelos: ação social racional, moral,
afetiva e tradicional.
A ação social racional é aquela na qual se busca uma melhor
atitude para melhor alcançamos determinado o objetivo, como por exemplo estudar
para um concurso ou buscar o melhor investimento para obtenção do maior lucro.
A escolha do melhor método é feita de modo racional nesse caso. Já a ação
social moral é aquela na qual o melhor método é escolhido pensando-se no valor
que este pode agregar, seja religioso, político, ético, etc., como por exemplo
pagar o dízimo ou escolher determinado partido.
A ação social afetiva orienta a conduta do sujeito de acordo
com seus sentimentos, seja ódio, paixão, etc. Percebemos um caso assim ao
comemorar a vitória de um time, por exemplo. Por último, a ação social
tradicional se oriente pelos hábitos ou costumes de uma geração. Utilizar
talheres nas refeições é um exemplo.
Importante citar que as
duas últimas ações sociais não racionais. Também devemos dizer que as ações
sociais podem ser complexas e envolver mais de uma das classificações citadas
acima.
Weber e Durkheim são diferentes no método como eles
pretendiam o estudo das ações sociais. Durkheim visava uma total separação do
sociólogo com o objeto de estudo, de tal modo que os sentimentos do pesquisador
de nada influenciassem seu estudo. Para Weber, tal separação não é possível e
as motivações do sociólogo se revelariam nem que fosse na escolha do material
de estudo.
Apenas após a definição do tema é que se torna possível um estudo
objetivo do fato social.
Finalmente, cabe dizer que a ação social de Weber é
diferente do fato social de Durkheim. Primeiro, criticava a coisificação dos
fatos sociais. Segundo, para ele, não existem leis universais que expliquem o
funcionamento das sociedades, como pretendia Durkheim. Existem sim, leis
causais que precisam ser estudadas a partir da racionalidade cientifica.
Tipos ideais
Conforme já citado anteriormente, o tipo ideal é uma espécie
de parâmetro que vai orientar o sociólogo no estudo das ações social. De acordo
com as palavras do próprio Weber, o tipo de ideal é uma simplificação e
generalização da realidade. Ou ainda, trata-se de um recurso técnico que
permite a aplicação de uma terminologia mais lúcida.
O tipo ideal nada mais é que uma construção mental da
realidade que categoriza aspectos mais relevantes de modo a atingir um tipo
tangível. Por exemplo, ao falar de democracia temos em nossa mente um conjunto
de características que nos permitem classificar determinada sociedade em
democrática ou não.
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