Mensagem do dia:

Mensagem do dia:
Como me agradar? Basta mandar um convite para churrasco!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Sociólogos: Weber

Este post, assim como os demais da série sociólogos, resultam de uma pesquisa feita em diversas fontes, sendo difícil citar cada uma delas. Pretendemos aqui realizar uma abordagem inicial, porém não sem profundidade, de cada um dos sociólogos mais importantes.
Enfatizo que para um conhecimento completo sobre a Sociologia, outros sites devem ser consultados.


Sua história


Weber era economista e sociólogo alemão, considerado um dos fundadores da sociologia moderna. Seu nome completo era Maximilian Carl Emil Weber. Nasceu em Erfurt, Alemanha, no dia 21 de abril de 1864. Sua família era de classe média alta, e havia na sua casa uma atmosfera intelectual que favoreceu sua formação.

Iniciou seus estudos na Universidade de Berlin. Casou-se em 1883 com Marianne Schnitger. Posteriormente, foi nomeado professor na Universidade de Heidelberg. Sua obra mais famosa chama-se Ética protestante e o espirito do capitalismo, escrita em 1903.  Nela, Weber apresenta conceitos ainda em uso hoje em dia na Sociologia, como tipo ideal ou método compreensivo.

Tal livro é considerado de fundamental importância para o desenvolvimento moderno da sociologia, pois também apresenta os motivos do surgimento de fenômenos culturais no ocidente de caráter e relevância mundiais.

O período em que Weber viveu é marcado pelo início das primeiras discussões acerca da metodologia das ciências sociais. Max Weber tanto se empenhou em determinar uma metodologia adequada a sociologia que chegou a influenciar diversos pensadores no Mundo, incluindo o brasileiro Sérgio Buarque de Holanda.

Em 1906, Weber publicou dois livros sobre a Rússia: A situação da democracia burguesa na Rússia e a transição da Rússia para o constitucionalismo de fachada. Atuou na primeira guerra mundial como capitão e foi responsável por administrar nove hospitais em Heidelberg.

Com o fim da guerra, Weber mudou para Viena. Publicou conferências em Munique no ano de 1919. Um ano depois, Max Weber morreu de pneumonia, no dia 14 de junho, na cidade de Munique.

Sociedade


Weber dizia que a sociedade é compreendida a partir do estudo das ações individuais de cada um. Para ele, a ação social só é determinada quando quem a pratica tenta estabelecer comunicação com outra pessoa.

Política


Weber determinava uma diferenciação entre ciência e política. Enquanto que a ciência é racional e imparcial e se orienta pela busca da verdade, a política é irracional e se orienta pela paixão.

Weber ainda dizia que a política é tem o objetivo de instaurar e preservar o poder, ou seja, a capacidade de impor sua própria vontade nas outras pessoas. Poder, para Weber, tinha uma diferença de dominação, que é definida como a capacidade de encontrar obediência. A dominação pode ser exercida por meio do carisma, tradição, ou de instrumentos legais, como no caso das eleições presidenciais, por exemplo.

Segundo Weber, a ideologia protestante era favorável ao capitalismo, ao contrário da filosofia contemplativa da Igreja Católica. Conclui dizendo que a moral é importante no mundo capitalista, pois pode ou não orientar à procura do lucro.


Ação social


A ação social é definida por Weber como aquele comportamento proveniente da reação ou expectativa de outras pessoas. Seu sentido é determinado de acordo com os valores sociais atribuídos pelos indivíduos no momento da ocorrência da ação social.

Uma ação social só existe quando um indivíduo estabelece comunicação com outros

Para Weber, a função do sociólogo é estudar os fatos sociais e encontrar razões que as expliquem. Weber também acreditava que o estudo das sociedades poderia ser difícil pois elas são infinitas. Para poder facilitar tal estudo, são criados assim tipos ideais que determinam padrões a ser verificados nos fatos sociais.

Os tipos ideais são assim considerados de acordo com o que o sociólogo julga importantes. Fatores históricos ou estatísticos têm grande influência nesse processo. Tais modelos ideias seriam também encaixadas de acordo com a classificação de ação social feita pelo próprio Max Weber. Weber classificou as ações sociais em quatro modelos: ação social racional, moral, afetiva e tradicional.

A ação social racional é aquela na qual se busca uma melhor atitude para melhor alcançamos determinado o objetivo, como por exemplo estudar para um concurso ou buscar o melhor investimento para obtenção do maior lucro. A escolha do melhor método é feita de modo racional nesse caso. Já a ação social moral é aquela na qual o melhor método é escolhido pensando-se no valor que este pode agregar, seja religioso, político, ético, etc., como por exemplo pagar o dízimo ou escolher determinado partido.

A ação social afetiva orienta a conduta do sujeito de acordo com seus sentimentos, seja ódio, paixão, etc. Percebemos um caso assim ao comemorar a vitória de um time, por exemplo. Por último, a ação social tradicional se oriente pelos hábitos ou costumes de uma geração. Utilizar talheres nas refeições é um exemplo.

 Importante citar que as duas últimas ações sociais não racionais. Também devemos dizer que as ações sociais podem ser complexas e envolver mais de uma das classificações citadas acima.

Weber e Durkheim são diferentes no método como eles pretendiam o estudo das ações sociais. Durkheim visava uma total separação do sociólogo com o objeto de estudo, de tal modo que os sentimentos do pesquisador de nada influenciassem seu estudo. Para Weber, tal separação não é possível e as motivações do sociólogo se revelariam nem que fosse na escolha do material de estudo. 

Apenas após a definição do tema é que se torna possível um estudo objetivo do fato social.

Finalmente, cabe dizer que a ação social de Weber é diferente do fato social de Durkheim. Primeiro, criticava a coisificação dos fatos sociais. Segundo, para ele, não existem leis universais que expliquem o funcionamento das sociedades, como pretendia Durkheim. Existem sim, leis causais que precisam ser estudadas a partir da racionalidade cientifica.

Tipos ideais


Conforme já citado anteriormente, o tipo ideal é uma espécie de parâmetro que vai orientar o sociólogo no estudo das ações social. De acordo com as palavras do próprio Weber, o tipo de ideal é uma simplificação e generalização da realidade. Ou ainda, trata-se de um recurso técnico que permite a aplicação de uma terminologia mais lúcida.


O tipo ideal nada mais é que uma construção mental da realidade que categoriza aspectos mais relevantes de modo a atingir um tipo tangível. Por exemplo, ao falar de democracia temos em nossa mente um conjunto de características que nos permitem classificar determinada sociedade em democrática ou não.

Nenhum comentário:

Postar um comentário