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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Sistema Endócrino

Juntamente com o sistema nervoso, o sistema endócrino tem a função de controlar o organismo, exercendo função em quase todos os órgãos. O sistema endócrino é conhecido por atuar através dos hormônios, diferente do sistema nervoso, que trabalha sob efeito de sinais nervosos.

A ação do sistema nervoso é de maior tempo de duração, ao passo que o sistema nervoso produz efeitos de curta duração. Interessante dizer também que o sistema endócrino atua lançando seus hormônios diretamente nos capilares sanguíneos, sem utilização de ductos.

Os principais órgãos constituintes do sistema endócrino são: hipófise, glândula tireoide, glândulas paratireoides, glândulas suprarrenais, pâncreas, gônadas (ovários e testículos), timo e glândula pineal.
 

Hipófise

A hipófise é uma glândula pequenina do tamanho de uma ervilha, localizada abaixo do hipotálamo. A hipófise possui duas partes, a adenohipófise e a neurohipófise. Ela secreta oito hormônios diferentes, afetando quase todas as funções do corpo.

A adenohipófise é uma parte altamente vascularizada. Produz cerca de oito hormônios diferentes, muito importantes:

somatotropina (STH): crescimento corpóreo

mamotrotopina (LTH): crescimento mamário

adrenocorticotropina (ACTH): controle de alguns hormônios das suprarrenais

tirotrotopina(TSH): controle de atividade da glândula tireoide

hormônios estimulados do folículo: secreção de estrogênio nos ovários e espermatogênese nos testículos, etc.

A neuro-hipófise tem esse nome por se compor de tecido nervoso. É responsável por dois hormônios, a ocitocina e a vasopressina. Este se relaciona com a absorção de água pelo rins e aquele tem a ver com a contração muscular do útero e da mama.

Os dois hormônios da neuro-hipófise são produzidos no hipotálamo. A neuro-hipófise os armazena e os libera através de estímulos nervosos do hipotálamo.

Glândula Tireoide

A glândula tireoide se situa no pescoço, logo abaixo à laringe e quase lateral à traqueia. É uma glândula altamente vascularizada que se divide em dois lobos, ligadas através do chamado istmo da glândula tireoide.

A glândula tireoide se constitui por três tipos de células: um tecido conjuntivo externo e internamente existe as células foliculares (nos folículos tireoidianos) e as células parafoliculares (entre os folículos tireoidianos).

São as células foliculares que secretam os hormônios da glândula tireoide, a saber: T3 e T4.

A tri-iodotironina (T3) e a tetraiodotironina (T4 ou tiroxina) são hormônios responsáveis pelo metabolismo celular, sendo que o primeiro é mais eficaz e rápido que o segundo. Importante ter em mente que o T4 também é muito poderoso, só que o T3 é mais poderoso ainda.

As células parafoliculares também produzem um hormônio chamado calcitonina, que tem a função de promover a absorção óssea do cálcio de nossas células.


Glândulas paratireoides

As glândulas paratireoides são pequenas estruturas ovoides que estão situadas entre as margens dos lobos posteriores da tireoide. Sua função é secretar o hormônio PTH, relacionado com a regulação do nível de cálcio e fosforo. Atua notoriamente em três órgãos: ossos, intestino e rins, fazendo com que os níveis de cálcio sanguíneo aumentem e o de fosfato diminua.


Glândulas Suprarrenais

As glândulas suprarrenais, ou adrenais, estão situadas em cima dos rins, formando uma espécie de chapéu. Possuem duas partes com produção de hormônios diferentes, a parte cortical e medular.
CÓRTEX SUPRARRENAL

Essa parte é mais periférica e apresenta ainda três tipos celulares diferentes em sua constituição:

Ø  Zona celular Glomerulosa: produz a aldosterona, um mineralocorticoide que retém água e sódio, eliminando potássio. Tal processo é importante na regulação da pressão sanguínea e manutenção do equilíbrio eletrolítico do corpo.

Ø  Zona celular fasciculada: produzem hormônios glicocorticoides, sendo o principal o cortisol. Os glicocorticoides regulam o equilíbrio das principais moléculas biológicas: carboidratos, proteínas e gorduras.

Ø  Zona celular reticulada: atuam na produção de hormônios sexuais: progesterona, estrógenos e andrógenos. Tais hormônios serão estudados com maior profundidade mais à frente.
Importante saber que o córtex da suprarrenal é indispensável à vida (sua remoção é letal).
MEDULA SUPRARRENAL

Parte mais interna das suprarrenais, considerada como uma extensão do sistema nervoso simpático, possuindo até alguns grupos de neurônios.

A medula suprarrenal produz dois hormônios: epinefrina, ou adrenalina, e norepinefrina, ou noradrenalina. O primeiro atua no aceleramento do metabolismo de carboidratos e o segundo provoca vasoconstrição (que provoca aumento da pressão sanguínea) e aceleração do coração.

Esses hormônios são classificados como catecolaminas, e são produzidos em situações de stress e emergência. Além dos efeitos citados, também provocam aumento do metabolismo celular, dilatação dos brônquios e conversão de glicogênio em glicose a nível hepático.

Pâncreas

O pâncreas é um órgão situado junto ao duodeno e o baço que atua no sistema digestório (função exócrina) e endócrino (função endócrina, na corrente sanguínea).

Internamente, o pâncreas humano é constituído por cerca de um milhão de ilhotas pancreáticos, onde estão as células que produzem os dois hormônios secretados pelo pâncreas: insulina e glucagon. Um diminui os níveis de glicose sanguínea e o outro aumento, respectivamente.

Dentro das ilhotas (também chamadas de ilhotas de Langerhans) encontramos dois tipos de célula, alfa e beta. As células alfas são as responsáveis pela produção do glucagon que, como já dito, aumenta a concentração de glicose no sangue. O mecanismo utilizado pelo glucagon para aumentar a taxa de glicose consiste em estimular o fígado a converter glicogênio em glicose e incentivar a transformação de proteínas em glicose.

Já a insulina é produzida pelas células betas, e é o único hormônio capaz de reduzir a glicose em nosso corpo. Isso ocorre pois ele incentiva o transporte de glicose do sangue para as células e faz com que essas utilizem a glicose como combustível químico.

A deficiência na produção de insulina em nosso organismo provoca a doença conhecida como diabetes mellitus.


Gônadas – testículos e ovários

São as glândulas sexuais do ser humano. Além da produção hormonal, também são responsáveis pela produção dos gametas.

OVÁRIOS

Os ovários produzem dois hormônios, o estrógeno e a progesterona. Ambos se relacionam com a maturação do órgãos sexuais femininos e desenvolvimento das características sexuais secundarias, como desenvolvimento das mamas, distribuição de gordura nos quadris, coxas e mamas e fechamento das cartilagens epifisiais nos ossos longos.

A produção desses hormônios é controlada por hormônios liberados no hipotálamo e pelas gonadotropinas da adeno-hipófise.

TESTÍCULOS

O principal hormônio testicular é a testosterona, produzida nas células intersticiais. A testosterona é responsável pela maturação dos espermatozoides e pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários masculinos, tais como crescimento musculoesquelético, aumento da laringe e alterações na voz, além do desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos.

O controle da secreção de testosterona é feito por hormônios liberados no hipotálamo e pelos hormônios luteinizantes da adeno-hipófise.


Timo

O timo está localizado na parte superior da cavidade torácica, atrás do esterno e abaixo da glândula tireoide. Ele varia de tamanho e idade, sendo de proporção muito maior na criança que no adulto. Após a puberdade, o timo começa a diminuir, sendo substituído por tecido adiposo e conjuntivo. Porém, continua funcional até o final da vida.

 O timo é uma glândula complexa apesar do tamanho diminuto. Ele atua no sistema linfático, além do sistema hormonal, produzindo linfócito T.

Produz diversas substancias além dos hormônios, e todos estão relacionados a produção de linfócitos e diferenciação e regulação das atividades do próprio timo. Entre essas substancias temos quatro polipeptídios importantes: a timulina, timopoetina, timosina alfa I e timosina beta IV.

A timulina e a timopoetina atuam juntas para regular a imunidade de acordo com as células T, sendo que a timulina funciona somente na presença de zinco. Já as timosinas alfa e beta ainda não tem uma função perfeitamente especificada, mas sabe-se que atuam na maturação dos linfócitos no interior do timo e no seu desempenho ao longo do organismo.


Glândula pineal (ou corpo pineal)

O corpo pineal situa-se no cérebro, abaixo do corpo caloso, separado por uma tela corióidea. Contem cordões e folículos de pinealocitos e células de neuroglia, com presença de muitos vasos sanguíneos e nervos.

O corpo pineal controla a atividade da adenoipófise, neuroipófise, pâncreas (atividade hormonal somente), suprarrenais e gônadas. As secreções emitidas por ele chegam ao seu destino pela corrente sanguínea ou pelo fluido cérebro-espinhal.

A glândula pineal também produz melatonina, hormônio relacionado com o ciclo reprodutivo e com o ciclo sono/vigília.


Outros hormônios

Existem alguns hormônios que são produzidos diretamente no local de atuação, como por exemplo muitos hormônios do sistema digestivo. A colecistoquinina, gastrina e secretina são hormônios que atuam na regulação da digestão e se encaixam nesse caso.

Outro exemplo são os rins, que secretam eritropoietina, hormônio atuante no controle da produção de glóbulos vermelhos do sangue.

As prostaglandinas são hormônios produzidos em diversos tecidos ao longo do corpo, como muitas funções, entre elas a contração do músculo liso, resposta inflamatória e aumento da sensibilidade à dor. As prostaglandinas são produzidas a partir de ácidos graxos e ácido araquidônico.


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