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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

A Relação Sujeito X Objeto X Mundo à Luz da Filosofia (Interação entre Filosofia e Ciência)

Filosofia e ciência estão sempre engajadas. Não há conhecimento científico que não esteja envolvido em uma filosofia, parte dela ou se completa nela.

Engajar a ciência à filosofia e partir de uma opção filosófica para uma seleção de valores é consequentemente ter uma atitude filosófica ou postura axiológica.

A postura axiológica através da percepção de valores aponta os caminhos que a ciência deve atingir, pois está normativa e descritiva enquanto que a ciência é especulativa.

A abordagem em tela é o da relação da subjetividade histórica do corpo consigo mesmo, com o outro, com o objeto, com o mundo. É com este enfoque que tentaremos fazer um gancho com a filosofia.

“O conhecimento é o acordo entre a realidade interna e a realidade externa; acordo entre o que eu penso e a realidade externa”. (Maia, N. A., 1989)

O mundo é dividido em:
Sujeito – consciente
Objeto – foco de conhecimento
Relação – conceito intelectual – conhecimento

A proposta em tela - A estruturação das dimensões corporais e suas relações afetivas – uma proposta para Dança/Educação se ajusta perfeitamente ao esquema anterior uma vez que a proposta do trabalho é levar o educando a mudanças comportamentais através das relações afetivas consigo, com os objetos, com o mundo, através do conhecimento.

Ora, o ser através da corporeidade se conhece através de seu reflexo no corpo do outro e desta inter-relação surge a relação afetiva entre os mesmos, pois a relação entre os seres não é intelectual, mas afetiva.

O valor decorre de uma relação entre dois seres do quais pelo menos um é consciente e que exprime o sentido que um tem do outro.

Analisamos antes os tipos de seres diferentes.

Os seres ideias que são as ideias da representação, parte da realidade.

Os seres reais, possíveis de experimentação, se revelam como fenômeno.

O valor que não é real e subjetivo mas não tem a característica da existência real.

Sendo a relação das ideias quer torna o mundo inelegível para nós, podemos inferir que através das relações afetivas que entendemos o outro, o mundo, os objetos e o próprio “eu”. Nesta relação o meu corpo entrar em contato com as “coisas” ou “entes” e nesta inter-relação o meu corpo depende de suas características para se situar no tempo, espaço, de modo particular, individual, a partir de um princípio para chegar através de mudanças a um determinado fim, pois estes têm:
Lugar específico
Tempo determinado
Princípio e começo
Mudam – são passageiras
Acabam – tem um fim

Esta conotação foi lembrada para explicar a possibilidade através destas características das mudanças comportamentais do educando quando através de suas relações passam a dar um determinado sentido valorizado à sua vida.

A marcha para a aprendizagem valorizada seria portanto a incorporação na estrutura das personalidades veiculadas no caso em pauta.

Justificativa do Trabalho

A relevância do presente trabalho, a Dança e os parâmetros de estruturação das dimensões corporais e suas relações afetivas – uma proposta para a Dança/Educação tem como aporte a visão de uma consciência crítica da subjetividade histórica corporal e suas implicações socioculturais que advém de um corpo não só biológico, político, social e cultural.

O redimensionar do corpo em toda sua plenitude e abrangência do ser tem sido uma constante na trajetória de nossa atuação acadêmica assim como os propósitos de buscar os enfoques científicos ou práticos que melhor possam responder as necessidades físicas, emocionais e socioculturais do educando; direcionar, de forma mais consistente a proposta e estar em sintonia com a realidade presente.

Este campo da educação, ao mesmo tempo desafiador e tentador, reclama propostas e soluções arrojadas e urgentes, ao mesmo tempo que transformações profundas a médio e a longo prazo.

O aporte do trabalho se caracterizou por um cuidadoso repensar de enfoques psicopedagógicos em pauta embasados em linhas filosóficas que puderam reforçar os anos de estudos e de nossa atuação acadêmica e que melhor respondessem à aplicação e atualização do conhecimento científico ao conteúdo da proposta, embasar e veicular a sua aplicabilidade prática no campo da Dança/Educação.

O motivo que nos lançou ao desafio para prosseguir na busca de subsídios que viessem respaldar e direcionar de forma mais consciente o trabalho foi a intenção de tentar proporcionar a massificação da dança nas escolas de 1° grau no Rio de Janeiro. A percepção da riqueza e variedade de ritmo e de movimento do brasileiro, seria uma característica básica para o trabalho uma vez que este é um povo dançante por natureza.

À Dança veiculada por uma conotação mais afetiva e menos mecanicista viria atender a estas necessidades e possibilitaria uma ação mais afetiva no campo da Educação aplicada às escolas da rede Municipal.

O gancho teórico com a filosofia através de suas implicações e limites, viria redimensionar o ser pelo discurso filosófico pois possibilitaria interrogar sobre o sentido do ser e sua relação com o outro, com o mundo ao problematizar as questões do corpo vivido, sua capacidade e temporalidade.

Partindo para análise crítica das concepções filosóficas ou de nossa visão de mundo que respaldaram o corpo teórico da mesma passamos à análise e à crítica das linhas filosóficas que nortearam o trabalho em foco.

Movidos por uma justificativa empírica que quer nos parecer que aquilo que buscamos surgiu repentinamente para orientar-nos a busca dos parâmetros das dimensões corporais, delimitar as dimensões do corpo real, físico, aparente e instrumental através das teorias metafísicas, e uma dimensão inconsciente, ideal, psicológica, imaginária e simbólica que se projeta, inter-relaciona e interpenetra uma sobre a outra, através da psicopedagogia. O corpo deverá ser trabalhado, portanto, com perspectivas abrangentes, buscando uma base sólida em conhecimentos científicos sob enfoques diversos e respaldados na filosofia que sob o aspecto especulativo, prescritivo ou crítico.

A partir dessa premissa passamos a investigações as correntes filosóficas tentando configurar grande parte das afirmações factuais de nossas concepções, auxiliados pelas ciências do comportamento sem, contudo, deixar de reavaliá-las, redimensioná-la e tentar renová-la.

Partindo do fato de que não podemos tratar qualquer assunto de forma isolado mas sim em sua globalidade, abrangência e especificidade pelo conhecimento operante passaremos a analisar o que significa existir, pensar, agir, saber, avaliar e questionar “as coisas” em geral. Apesar do peso ter sido dado ao enfoque psicológico, usamos como respaldo outras áreas do conhecimento.

Há, portanto, uma inter-penetrabilidade dos ramos do conhecimento humano no sentido de se sedimentarem, completarem e auxiliarem e redimensionar uns aos outros na busca da verdade, motivados pela descoberta do seu significado em diferentes contextos.

Os conhecimentos empíricos, por exemplo, ao lado dos outros conhecimentos, traça um caminho para a compreensão da realidade a partir da premissa que todas as correntes filosóficas têm pontos comuns, o que a janela da compreensão do fenômeno educativo e meios de situá-los de forma mais eficaz sob os aspectos qualitativos e quantitativos, portanto, em abrangência e amplitude.

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