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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

A História da Dança - parte 3


 A Dança na Roma Antiga

“As formas criadas e registradas nas pinturas e esculturas foram de tamanha beleza que mais tarde tornaram-se objetos de inspiração e estudo por parte dos que se propuseram a organizar o ensino da Dança e aos reformadores da época moderna” (Knackfuss, 1988, 26).
Também entre os romanos, apesar de menor intensidade e diversidade, a Dança se fez presente em sua educação.

As mulheres eram educadas nos “gineceus” para as tarefas do lar e algumas vezes aprendendo danças, música, poesias e canto.

Os exercícios físicos em Roma eram praticados com finalidades militares e não com a preocupação estética dos gregos. Entretanto, o jovem aos 16 anos, ao entrar na escola de retórica, também recebia como educação estudos complementares de ciência e artes, onde a música e a dança pouco a pouco ganhavam aceitação (Marinho, 1988: 61-62).

Os grandes jogos ou “Romanos” eram celebrados em setembro e abril estabelecidos pelo primeiro imperador Rômulo para comemorar os raptos das Sabinas.

As festas começavam no Capitólio de onde descia uma caravana profissional até o Circo Máximo. Em meio da caravana. Além de várias categorias sociais, também incluíam tocadores de flautas e dançarinas cuja arte provinha das artes etrusca, árabe e grega, após o domínio destes povos pelos romanos.

Entretanto, segundo Knackfuss (1988, 27), em Roma a dança experimenta um declínio devido ao profissionalismo para a diversão. Os dançarinos migraram para Roma em busca de fama e prestígio. Entretanto, não encontraram ambiente profícuo, porque a dança romana só fazia parte de rituais religiosos.


Com o interesse pelas danças gregas e etruscas, por volta de 200 a.C., a dança assume importância na vida privada. Cada família de patriarcas mantinha um professor grego para que as coreografias fossem ensinadas aos filhos restringindo-se, entretanto, às representações de movimentos. A dança romana espetáculo é marcada pelas pantomimas e danças imitativas do Oriente. Só não tomava parte na vida espiritual de Roma como para dos gregos.

Percebendo o seu desnível em relação aos gregos, os romanos contrataram professores para reproduzir a dança de outros povos. Com isso, o ensino da Dança passa a ser institucionalizado pela primeira vez na história da dança, para atender uma determinada classe social – a dos patrícios.

Idade Média - a Dança colocada de lado

A similaridade de Roma, na Idade Média, com a estratificação de classes sociais, os senhores feudais colocavam a seus serviços professores de dança.

O ensino da dança se estabelece com duas tendências: de um lado o poder dos aristocratas pela solicitação da vida palaciana com seus gestos e movimentos refinados executam danças características e peculiares à sua classe social, enquanto do outro lado, os anseios das comunidades campesinas reunidas em sociedades e cultos secretos preservam as formas tradicionais das manifestações populares.

A Idade Média, período longo que se estende de 476 a.C. até 1453, com a tomada de Constantinopla pelos árabes, pouco espaço cedeu à Dança. Esse período chamado pelos renascentistas de “Idade das Trevas” manteve um clima de instabilidade e proibição para as danças, dada a substituição da autoridade civil pela autoridade eclesiástica graças à forte interferência do cristianismo triunfante.

Algumas vezes era dúbia a atitude da igreja e a dança era condenada por um lado e tolerada por outro. Nas pregações meio intervencionistas da Igreja na forma de educar os cristãos, a dança era destronada graças a certo episódios bíblicos como o martírio de São João Batista, decorrente da sedutora dança de Salomé.

Entretanto, o uso de danças de caráter místico foi comum dentro das Igrejas, como forma da mesma canalizar para o culto os fiéis necessitados de se educar na palavra de Jesus: se dançava as carolas, espécie de roda em torno do altar.

A dança, de uma forma geral, hibernou por vários séculos até que no Renascimento surge através da dança macabra – uma espécie de histeria coletiva – o teatro religioso com cunho educativo, ou seja, o de submeter o homem em cenas de submissão aos desígnios divinos, forma de intervenção ou educação.

Educar os neófitos, na nova fé, a dança com narrativas fantasiosas era um apelo para a dança teatral com elementos e enredos de apelo popular que durou até o século XVIII nos países da Península Ibérica e na Itália.

A intervenção de cunho educacional era tão forte, graças à força do enredo que misturava passado e presente:
  •  Danças de interlúdio executadas na “boca do inferno” (representações);
  • Atores com máscaras de caveiras dançavam de foice em punho.
Após a austera doutrina de Lutero com repressões às danças pois as mesmas impediam a representação das passagens bíblicas, a dança na Idade Média hibernou fortemente. Mais uma vez a Igreja a reprimira.

A Dança na Renascença também sofre influência das ideias humanistas: expressar um conceito de beleza em que o corpo e espírito deveriam formar um todo harmonioso.

Desde meados do século XIV o reflorescimento é influenciado pelo início de uma nova era.

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